Colunista Guilherme Beraldo fala sobre depressão

Especialista Camila Carmona comenta o tema e dá dicas importantes para quem sofre com doença.

Com o aumento de casos de pessoas depressivas no país devido à pandemia, Guilherme Beraldo, colunista do Portal Aqui Tem Fofoca, resolveu abrir seu coração e contar como enfrenta este problema. Ele pretende ajudar as pessoas, com conteúdo informativo sobre o tema, em suas redes.



Foi aos 18 anos que Beraldo teve o primeiro grande baque em sua vida. A morte de seus avós. Eles eram seus pais, sua base, e foram os responsáveis por sua criação, desde quando nasceu. Ele conta que teve pouco contato com seus pais biológicos e esta perda o afetou, grandemente.
Quando completou 22 anos decidiu procurar um psicólogo, pois ele mesmo observava que passou a viver uma vida, isolado. Tendo como única companhia, o seu trabalho. Assistir TV era o seu hobby e melhor companhia, como um alicerce. Para não enlouquecer começou a escrever sobre o que sentia num blog. E, foi desenvolvendo esta paixão por informação que ele iniciou na escrita, até que nasceu seu portal Aqui Tem Fofoca, projeto que é sua alegria.
Por morar sozinho desde os 18, isolou-se por muito tempo, tendo pouquíssimos amigos. E, quando passa por crises, deseja apenas dormir, não sendo produtivo, evitando contato com outras pessoas, isolando-se do mundo. Segundo a psicóloga Camila Carmona quando estes momentos se tornam constantes, é sinal que a depressão está instalada “não ter vontade de fazer coisas rotineiras como se alimentar, tomar banho e sair uma vez ou outra podem ser considerados momentos depressivos, mas quando a perda de interesse se repete durante a semana por algumas semanas, a depressão se instalou” – garante a especialista.



E, neste momento, as pessoas ao redor precisam e devem continuar agindo naturalmente, não é preciso fingir que está tudo bem o tempo todo, para poupar o outro. O depressivo precisa saber o que está acontecendo sim, porque ela continua com a capacidade de vivenciar a realidade. A dica da especialista é saber falar.
Guilherme Beraldo conta que é uma luta constante e quem conseguiu identificar sofrer de depressão, precisa buscar forças em si mesmo e também junto a um profissional. Ele toma medicamentos e não dispensa o acompanhamento médico. “Em alguns casos, o nosso trabalho é ajudar a pessoa a conviver com a sua condição, consciente que existirão momentos bons e outros nem tanto e que dá para ser feliz dessa maneira” – pontua Camila.
Através do acompanhamento médico e da psicoterapia é possível resgatar hobbies e manter a mente ocupada. Um conselho que ele dá para quem, assim como ele, passa por este problema é não ter vergonha de se expor e, também, é preciso buscar algo que dê paixão para viver. Ele está com vários projetos, com os quais tem se empenhado.
“Precisamos reagir. Para quem tem depressão é um passo por dia, um de cada vez. Busque tratamento psicológico, converse com pessoas próximas a você. Não tenha vergonha de expor que você tem uma doença e que isso vai passar”, comenta.
Camila Carmona reforça ainda a importância dos amigos e familiares nesse processo e orienta que aquele que estiver mais próximo da pessoa com esse transtorno também deve fazer um acompanhamento terapêutico para saber lidar com a situação e, principalmente, para não se deixar levar pela onda de negativismo. “Dê responsabilidade para a pessoa, ela precisa ser responsável por algumas atividades e jamais confirme através de palavras ou de atitudes que ela é uma pessoa doente. Ela por si só, já se sente um fardo, então seja otimista, faça com que ele se sinta colhido” – pontua.
Camila finaliza e dá uma dica importantíssima “troque o eu te entendo, por eu não imagino o que você está sentindo, mas eu estou aqui com você e apenas ouça, não critique, não dê conselhos e respeite as suas crenças!”

Texto: Alex Ferraz.
Fotos: Divulgação.