A
três meses do início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, uma atleta carioca do
Halterofilismo continua chamando a atenção no esporte. Tayana Medeiros segue
para a última etapa da Copa do Mundo de Halterofilismo, após competir na
Geórgia, para obtenção de índices para os Jogos.
Tayana
começou a se dedicar ao esporte em 2016. Inicialmente, treinou no Atletismo,
nas modalidades de arremesso de peso, lançamento de dardo e disco. E foi
medalhista já na sua primeira competição, com apenas cinco meses de treino. Mas
ela acabou se apaixonando pelo Halterofilismo graças ao treinador Claudemir
Santos. “Fiquei um pouco assustada, pois
nunca tinha visto mulheres levantarem tanto peso, mas me apaixonei de uma forma
que até hoje não sei explicar”, relembra a atleta.
Em
três meses, Tayana já estava competindo e conquistando vagas no Campeonato
Brasileiro e em uma Copa do Mundo na Hungria, onde já se iniciava a corrida
para Tóquio. Mas a pandemia de Covid-19 causou uma mudança nos planos: os Jogos
Olímpicos e Paralímpicos, que aconteceriam em 2020, foram adiados. Tayana
também teve muita dificuldade durante esse período, pois não tinha material de
treino em casa, mas seguiu acompanhada do treinador e, assim que permitido,
voltou ao local onde treina desde o início da carreira: o Centro de Educação
Física Almirante Adalberto Nunes, o CEFAN.
Agora,
ela segue em destaque na Copa do Mundo. “A expectativa para os Jogos
Paralímpicos é muito grande, porque estou muito bem ranqueada em duas
categorias, graças a Deus. Ao final, vou poder escolher em qual categoria
participar, de acordo com a melhor pontuação”, conta a atleta, que bateu o
recorde brasileiro de Halterofilismo Paralímpico em 2019, na categoria até 86kg
feminina.
Tayana
está entre os 44 atletas atendidos pelo Projeto Paralímpico, criado em parceria
entre a Marinha do Brasil e a Caixa Econômica Federal por intermédio do CEFAN.
Até o final do ano, serão 100 atletas com necessidades especiais participantes
do Projeto em quatro modalidades: Halterofilismo, Atletismo, Natação e Tiro
Esportivo.
"O apoio do CEFAN à atividade
paralímpica teve início em 2015, quando foi autorizado o aumento da quantidade
de paratletas a treinarem no Centro. Na época, eram somente dois e desde então
o número vem crescendo. Isso chamou a atenção do Comitê Paralímpico e gerou uma
parceria que já segue para o terceiro ano. Nesse período, obtivemos resultados
expressivos em competições nacionais e internacionais, o que proporcionou essa
nova parceria com a Caixa Econômica Federal, que tem suporte financeiro da
Loterias Caixa. É a Marinha do Brasil sempre avante no apoio à sociedade
brasileira, particularmente àquele grupo de pessoas mais necessitadas", explica o
Comandante José Reis, assessor de desenvolvimento esportivo e projetos sociais
do CEFAN.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Bruna Dantas.
Fotos:
Acervo pessoal (foto com medalha) /ADAAN - Associação Desportiva Almirante
Adalberto Nunes (foto do treino).