Incontinência Urinária é Mais Comum do que se Imagina

 

O assunto ainda é considerado um tabu para muita gente.

 

Especialistas afirmam que a doença afeta 30% da população brasileira, sendo a maior parte de mulheres.

Foto - divulgação.

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina pelo canal da uretra. Sendo mais comum nas mulheres e nos idosos. Segundo uma pesquisa realizada com mais de duas mil pessoas pelo IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica - em parceria com a Associação Brasileira pela Continência BC Stuart, o trabalho em ações para conscientizar a população sobre a incontinência urinária revela que 30% da população brasileira sofre com este problema, a maioria mulheres. A doença está associada com prejuízo da qualidade de vida, sexual e depressão.

A pesquisa ainda apontou que 91% dos entrevistados afirmam que a incontinência urinária afeta o bem-estar social por consequência de vergonha, odor e em alguns casos até de uma possível dermatite causada pelo escape da urina. Segundo o urologista Daniel Braga que tem um canal no YouTube chamado: “Amigo Uro”, onde ele aborda os temas mais delicados que envolvem sua especialidade com uma boa dose de leveza; o escape do xixi precisa ser tratado com mais naturalidade, “esse tipo de situação deve ser mais falado para ajudar a tirar as dúvidas das pessoas. Não deveria ser considerado como algo normal do envelhecimento e sim um problema que precisa ser tratado”. Disse Dr. Braga.

Segundo o médico, “cada tipo de incontinência tem uma abordagem específica, desde o diagnóstico até o manejo, que pode variar de fisioterapia, medicações e até mesmo cirurgia. Apesar de mais comum nas mulheres, homens também podem ter incontinência urinária, em muitos casos associados a problemas neurológicos nos sinais de comando da bexiga ou como consequência de alguns tratamentos feitos para o câncer de próstata".

O urologista diz ainda: “a doença pode levar a situações de risco que muitas vezes não imaginamos. Pense na situação de um idoso no meio da noite, acordando com pressa para urinar e tentando correr para ir ao banheiro: o quão desastroso isso pode ser. Já tivemos trabalho associando urgência e fraturas de fêmur em idosos”, revelou o médico.

A eliminação da urina é comandada pelo sistema nervoso autônomo, em conjunto com um controle voluntário do esfincter urinário, que pode ter sua musculatura comprometida, principalmente no período da gravidez e parto; e de maneira mais acentuada na menopausa, quando o nível de estrógeno começa a cair, levando a uma atrofia mais severa da região. De 15% a 30% das mulheres acima dos 60 anos perdem urina involuntariamente, quando riem, tossem ou espirram, o que atrapalha muito a qualidade de vida dessas pessoas. E essa seria apenas um tipo de incontinência, dentre os existentes, as principais são:

De esforço: esse tipo de perda urinária ocorre quando a pessoa não tem força muscular pélvica para reter a urina. Sendo assim, as perdas urinárias serão desencadeadas por atividades como espirrar, tossir, rir, levantar pesos ou fazer algo que põe a bexiga sob pressão ou estresse.

De urgência: é um desejo tão forte e repentino de urinar que a pessoa não consegue chegar ao banheiro ocorrendo antes da bexiga estar na sua total capacidade, muitas vezes com pequenas quantidades de urina na bexiga.

Transbordamento: esse tipo de incontinência ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos. Também pode acontecer de a bexiga não se esvaziar por completo, o que leva ao gotejamento, devido a um problema de funcionamento da bexiga diretamente.

Mista: as perdas urinárias ocorrem durante um esforço e também na presença de urgência.

 

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Por: Clilton Paz.

Fonte: Grupo Expressão.