
A
compositora Eulícia lançou seu primeiro trabalho, “Vou jogar meu amor na tua
cara”, nas plataformas digitais. Para a empreitada, convidou vários intérpretes
contemporâneos que emprestaram suas vozes para emoldurar as canções compostas
por ela. Assim, um time de primeira linha foi formado, vindo de diferentes
regiões do Brasil: Almério (Pernambuco), Ana Costa (Rio de Janeiro), Caio Prado
(Rio de Janeiro), Fred Martins (Rio de Janeiro), Illy (Bahia), Juliana Linhares
(Rio Grande do Norte), Lívia Nestrovski (São Paulo), Fred Ferreira (São Paulo),
Marcos Sacramento (Rio de Janeiro), Patrícia Bastos (Amapá), Pedro Miranda (Rio
de Janeiro), Soraya Ravenle (Rio de Janeiro) e Vidal Assis (Rio de Janeiro), e
o convidado Salomão Soares (Amapá), pianista.
Eles
estão presentes no disco com seus timbres e interpretações marcantes. Com
direção artística de Phil Baptiste e da própria Eulícia e produção musical e
arranjos de Elísio Freitas, o álbum celebra também o primeiro lançamento do
selo musical Areia Música.
Eulícia
compôs sozinha as dez faixas que compõem o disco. São dez faixas que revelam
uma compositora curiosa e atenta, passeando por diversos gêneros musicais, e
que conduz o ouvinte a temas de amor.
Como
ela mesma define: “A temática do amor
permeia todas as canções. Um amor que arrebata (Lava de vulcão) e se desdobra
em sonho (De repente), ironia (Já deu), memória (Xote italiano) e esperança
(Tempo ao tempo). Desdobra-se também em gêneros musicais diversificados (samba,
bolero, milonga, xote...) e arranjos ora intimistas, quase minimalistas, ora
mais pujantes. A presença de elementos eletrônicos em quase todas as faixas nos
remete à estética da chamada “MPB contemporânea” e aos artifícios tecnológicos
do nosso tempo. Mas sem comprometer a ternura (jamais). O disco não deixa de
ser romântico, mas é romântico com atitude e até com bom humor”.
O
crítico Leonardo Lichote complementa, ao falar sobre o disco no release: “É comum a expressão “disco de intérprete”,
na qual um cantor ou cantora passeia por um repertório que não compôs. Pois
“Vou jogar meu amor na tua cara” é um “disco de compositora”. É profundamente
de Eulícia a voz expressa ali nos versos e melodias que ela assina sozinha, sem
parceiros. Mas eles se revelam pelas cordas vocais de outros”.

Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Alexandre Aquino.