Felipe Prazeres é maestro associado da Petrobras Sinfônica (OPES). Foto: Luciano Viana. |
Ele
é carioca, e tem um sobrenome de causar inveja: Fortuna Prazeres. Além do nome
de sorte, nasceu em berço de ouro artístico.
É
filho de Armando Prazeres, maestro fundador da Orquestra Petrobras Sinfônica
que completa, em 2025, cinquenta anos de trajetória. O talento nato ajudou, mas
o que realmente abriu os caminhos de Felipe Prazeres foi o empenho, horas de
estudo e muita dedicação.
Desde
cedo, recebeu a influência dos pais em casa (a mãe, Manuela Prazeres era
cantora no coro de Armando). Assim, na casa do filho de portugueses, a música
era assunto predileto.
Uniu
a família e hoje, tanto Felipe quanto Carlos Prazeres, irmão de sangue, têm a
mesma profissão: a de maestro.
“Meu interesse pela música surgiu desde
muito cedo, pois fui criado num ambiente musical. Tudo aconteceu de uma forma
natural e orgânica. Primeiro a escolha pelo violino aos 11 anos e aos 17
comecei a trabalhar profissionalmente. Com 20 anos assumi o posto de spalla da
Petrobras Sinfônica, há 15 anos começou meu interesse pela arte da regência,
que é um caminho sem fim” – ressalta o maestro titular da Orquestra Sinfônica
do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (OSTM) e maestro associado da Petrobras
Sinfônica (OPES).
E
mesmo com essa rotina de muito trabalho, Felipe Prazeres, que completa 30 anos
de carreira este ano, está de malas prontas para uma turnê pela Europa, nos
meses de maio e junho. A proposta é comemorar uma década de vida da Johann
Sebastian Rio, onde é o diretor artístico, violinista e regente.
A
carioquíssima orquestra de câmara vai apresentar o aclamado espetáculo Sambach,
uma mistura de Samba com Bach, em uma série de oito concertos na Alemanha,
Suíça e Polônia, que contará com a participação especial do premiado violinista
alemão Linus Roth. Com arranjos exclusivos e muito bem recebidos pela crítica
especializada, escritos por Ivan Zandonade, o projeto fundado ainda pela
escritora e produtora Vanessa Rocha e pelo violista Eduardo Pereira, aborda um
repertório que, além de Johann Sebastian Bach, apresenta também Villa-Lobos,
Tom Jobim, Noel Rosa, Ary Barroso, Jacob do Bandolim, Jorge Ben Jor, entre
outros grandes nomes da música brasileira.
Interessante
é que o nome da Orquestra homenageia o compositor alemão e a cidade do Rio de
Janeiro, com um toque de brasilidade: “Sebastian” remete a São Sebastião,
padroeiro da cidade e “Bach”, em alemão significa “riacho”, ecoando as belezas
naturais cariocas.
Felipe Prazeres, maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro durante Concerto Didático no TMRJ. Foto: Daniel Ebendinger. |
Cronograma da turnê europeia de
Concertos da Johann Sebastian Rio:
- Concerto no Festival Schwäbischen Frühling.
Data:
31/5/2025.
Local:
Ochsenhausen, Alemanha.
-
Concerto no Festival Schwäbischen Frühling.
Data:
1/6/2025.
Local:
Ochsenhausen, Alemanha.
-
Concerto na Universidade de Augsburg.
Data:
2/6/2025.
Local:
Augsburg, Alemanha.
-
Concerto na Liederhalle Beethoven-Saal.
Data:
4/6/2025.
Local:
Stuttgart, Alemanha.
-
Concerto na Argovia Philharmonic.
Data:
5/6/2025.
Local:
Aarau, Suíça.
-
Concerto no Festival Brandenburgische Sommerkonzerte.
Data:
7/6/2025.
Local:
Potsdam, Alemanha.
-
Concerto no Festival Łańcut Music Festival.
Data:
8/6/2025.
Local:
Łańcut, Polônia.
-
Concerto no Festival All'Improvviso.
Data:
9/6/2025.
Local:
Gliwice, Polônia.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Cláudia Tisato.