
Eric
Camargo, músico carioca da nova leva de poetas da música contemporânea,
apresenta “Amanhecer”, um single que é muito mais que uma canção, mas um
verdadeiro manifesto sensorial sobre nosso tempo.
Com
a delicadeza de quem sabe que as grandes verdades precisam ser ditas em
sussurros, Eric tece versos que nos confrontam com perguntas que não podemos
mais adiar: “Já pensou se o sol se
apagar? Se um oceano inteiro secar? Quem vai dizer que nada mudou?” São
palavras simples que carregam o peso de uma geração, entregues com a suavidade
de uma melodia que parece flutuar entre o clássico e o contemporâneo.
A cantora
e compositora Duda Beat destaca o olhar diferenciado, como cronista de seu
tempo. “Acompanho o trabalho do Eric há
um tempo e sempre me encanto com sua voz e forma de compor. Parece que ele toma
pra si as dores do mundo e as reinterpreta com delicadeza. Amanhecer é
distópica e, ao mesmo tempo, revela uma esperança no amanhã. Além de ser uma
bela canção, que, no final, é só o que importa”.
Este
não é o primeiro chamado de Eric à consciência ambiental. Em “Magma Quente”,
ele já nos levava numa jornada desde as origens vulcânicas da Terra até as cordas
de seu violão, enquanto em “Toda Natureza” pintava o contraste brutal entre o
concreto das cidades e o verde que insiste em sobreviver. Mas em “Amanhecer”,
há algo diferente - uma urgência mais doce, mais triste, mais necessária.
Fã
de Eric, a jornalista e radialista Fabiane Pereira confirma a verve poética
presente nas músicas do artista. “O Eric
é daqueles músicos da nova geração que carregam em si a herança dos grandes
letristas. Com um olhar sensível e atento ao cotidiano, transforma cenas
simples em retratos profundos da existência, sempre guiado por um eu lírico
poético, delicado e preciso. Sua capacidade de observar o mundo e traduzi-lo em
palavras e melodias revela um dom raro — o de compor com inteligência
emocional, mantendo viva a tradição lírica da nossa canção, ao mesmo tempo em
que a renova com frescor e autenticidade. É bonito acompanhá-lo”.
Eric
assina a composição, gravação, violão e voz do novo single. “Amanhecer” mantém
a essência do artista: violão que conversa com a voz e letras que doem e curam
ao mesmo tempo. Canção que carrega não só a beleza do Rio de Janeiro, mas a
angústia de um planeta em transformação, como diz a letra, que termina com “Já pensou / Se o ar se poluir / E a Terra
inteira for dormir / Sem saber o que passou”.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Alexandre Aquino.