Ginecologista que lidera as ações tem como objetivo
a ampliação de acesso aos métodos contraceptivos, em especial o DIU.

A
ginecologista Mariana Viza leva para os mutirões: atendimento, capacitação, acolhimento
e autonomia para que as mulheres possam ter escolhas anticoncepcionais. Esse
último item, passa também por uma boa dose de informação nos postos de saúde
das cidades onde a médica realiza seus mutirões! Segundo ela, muitas não têm
sequer acesso a informações, por exemplo, sobre como o DIU pode ajudar no dia a
dia, na prevenção da gravidez não planejada.
A
médica já realizou alguns desses mutirões, desta vez nas cidades de Montenegro,
em Rondônia. Município com pouco mais de quinze mil habitantes de acordo com o
IBGE.
A
maior parte das mulheres atendidas, já passou por algumas gestações, por vezes
sem acesso ao básico e à saúde ginecológica. As mulheres que a Doutora Mariana
costuma atender nos mutirões dos locais mais afastados do nosso país se
expressam com o olhar, “Cada uma delas
transborda o que fica difícil explicar com a fala. Muitas vezes é dúvida, dor,
medo... Eu percebo que são realidades muito difíceis”, afirma a médica.
Alguns
dos atendimentos da ginecologista e sua equipe já aconteceram também em áreas
rurais, indígenas e carentes. Recentemente, em Rondônia, um dos casos que chamou
bastante a atenção da equipe, foi o de uma jovem de 22 anos. Segundo Mariana Viza,
a mulher acostumada aos atendimentos do SUS, mãe de 2 filhos, não usava métodos
contraceptivos. Ela também se queixava de má adaptação ao uso da pílula anticoncepcional
por náusea e contou que por muito tempo tinha medo no que dizia respeito à
segurança do uso do DIU. Apenas depois que sua irmã fez a inserção do dispositivo,
a mulher decidiu pelo mesmo método.
Segundo
Mariana Viza, são para essas mulheres que ela quer levar a informação assertiva
com relação à segurança e ao acesso ao contraceptivo. Desse modo a médica
promove mutirões pelo país para a capacitação dos profissionais dos postos de
saúde para inserção do DIU em mulheres que buscam por esse método.
“O governo disponibiliza o DIU de cobre
dentro do SUS, porém muitos DIUs vencem nas prateleiras por falta de
profissionais capacitados para inserção e por esse motivo, busco levar meus
ensinamentos às equipes das Unidades Básicas de Saúde com bom humor e cuidado”. Diz a
ginecologista, que também ressalta: “Não
cabe ao médico decidir se vai colocar ou não o DIU, é preciso autonomia e
respeito para essa resolução de vida que cabe, unicamente, a pessoa que optou
pelo método contraceptivo”. “É
preciso apenas informação correta sobre o assunto. Diu é contracepção e não
castração. É sobre decidir SE e QUANDO terá filhos”. Diz Dra. Mariana Viza.
Dentre
tantos mutirões que a médica já faz pelo país e pretende continuar com a realização
dessas ações, a ginecologista segue impulsionada por levar seus conhecimentos
tanto para capacitar profissionais de saúde quanto para atendimento de forma
assertiva aos pacientes.

Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Grupo Expressão.