
Quase duas décadas de história com
a vocação de revelar novos talentos da música brasileira e de dialogar sobre a
formação e prática artística.
Este é o FestVilla 2025, da
Escola de Música Villa-Lobos do Rio de Janeiro que, mais uma vez, reuniu
diversos alunos em prol da arte: foram 50 inscritos para a edição deste ano e
mais de 30 músicos selecionados para as semifinais.
Os alunos que concorrem aos
prêmios do FestVilla 2025 têm entre 18 e 60+ anos, e representam a diversidade
e a vitalidade artística da escola. Dez canções estarão na grande final,
marcada para o dia 5 de novembro, no Teatro João Caetano, com transmissão ao
vivo pela TV ALERJ. A comissão julgadora — formada por professores, artistas,
produtores e jornalistas — vai definir os vencedores em diversas categorias:
melhor canção, intérprete vocal, instrumentista, arranjo e performance.
Além dos troféus e prêmios em
dinheiro, os ganhadores terão sua obra gravada, editada e masterizada no
estúdio da Escola de Música Villa-Lobos, um reconhecimento simbólico e técnico
que reafirma a vocação do festival para revelar novos criadores e intérpretes
da cena musical brasileira.
Celebrando 18 anos, o FestVilla
reafirma sua importância como vitrine da produção autoral emergente, conectando
gerações de músicos e reforçando a canção como expressão viva e transformadora
da cultura.
“O festival oferece a
oportunidade de troca entre os alunos e de colocarem em prática o que
aprenderam durante o ano; oferece uma experiência similar a que vão encontrar
num futuro próximo, no exercício da profissão; além da possibilidade de criarem
com inteira liberdade. E mais: oferece a oportunidade de verdadeira colaboração
entre as classes diversas da escola, entre instrumentistas e cantores, e ainda
a forma genuína de expressão, através da linguagem da música. O FestVilla é uma
das estratégias pedagógicas da Escola de Música Villa-Lobos” – ressalta o
maestro José Maria Braga – Diretor da Escola de Música Villa-Lobos.
Promovido pela Fundação Anita
Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), o FestVilla é um
festival de canções inéditas em língua portuguesa, aberto a todos os gêneros e
estilos musicais, que tem como propósito fomentar o intercâmbio entre alunos e
professores e incentivar a criação musical contemporânea dentro do ambiente
pedagógico da Villa-Lobos.

Mais do que uma competição, o
FestVilla é um laboratório criativo — um espaço de encontro entre compositores,
intérpretes, arranjadores e instrumentistas que fazem da escola um dos núcleos
mais férteis de formação artística do país. As apresentações das eliminatórias
reúnem alunos dos três cursos regulares da instituição, acompanhados por
professores de prática de conjunto que colaboram na preparação dos arranjos e
ensaios, qualificando cada performance.
A Escola Villa-Lobos também está
antenada com os novos tempos. Questões artísticas e técnicas que dizem respeito
à produção da obra musical — desde a composição e gravação de instrumentos até
a experiência de se apresentar ao vivo — fazem parte do cotidiano da
instituição. Temas como direitos autorais na era digital e as possíveis áreas
de atuação profissional do músico contemporâneo são abordados com profundidade,
preparando os alunos para um mercado cada vez mais dinâmico e conectado.
Para o pianista e compositor
Jonathan Ferr, um dos nomes de maior destaque da nova cena instrumental
brasileira e ex-aluno da Villa-Lobos, o festival foi um marco na sua
trajetória: “A Escola de Música Villa-Lobos, essa escola que me formou, que
me fez ser o artista que eu sou. E eu me lembro quando eu estava no curso
básico e o FestVilla foi marcante para mim. Esse festival que coloca os músicos
todos pra se apresentarem, pra realmente exercer o ofício de ser artista, de
estar no palco. A experiência de conhecer outras pessoas, de tocar com outros
músicos, como é tocar para um grande público. Então, é uma forma muito legal de
você se conhecer no palco. E de perceber o quanto é gostoso esse movimento de
poder se apresentar para outras pessoas e se conectar através da sua música com
outras pessoas. Vale muito a pena”.
Ao longo de sua história, a
Villa-Lobos formou gerações de artistas que hoje se destacam na cena musical.
Além de Jonathan Ferr, nomes como Tim Rescala, Maximiano Cobra, o maestro
Ricardo Rocha, Biafra, Frejat e o próprio maestro José Maria Braga - que hoje é
diretor da Escola - já passaram pelas suas salas de aula, além de grandes
mestres como Paulo Moura e Alceu Boquino, que marcaram época como professores
da casa.
“Uma parte muito importante
da minha formação musical aconteceu na Escola de Música Villa-Lobos. Foi uma
fase áurea sob a direção de Alyton Escobar. Lá, estudei piano com Maria Yeda
Cadah e comecei a frequentar as classes de Koellreutter, com quem estudaria
composição mais tarde, por quatro anos, em aulas particulares. Mas na Escola
frequentei suas classes de arranjo e contraponto. Além dele, outros professores
da escola me abriram a cabeça: Esther Scliar, José Maria Neves, Vania Dantas
Leite, Marlene Fernandes e Carol Gubernikoff. Em outra gestão ganhei um
concurso de composição, promovido pela escola, em parceria com o Colégio da
OSB. Uma escola fundamental para a história da música brasileira e, sobretudo,
carioca” – afirma o compositor, produtor musical e pianista, Tim Rescala.
Grupo de alunos se apresentando no Teatro João Caetano. |
Serviço:
FestVilla 2025.
Final: 5 de novembro
de 2025, no Teatro João Caetano.
Endereço: Praça Tiradentes, S/N –
Centro.
Entrada gratuita.
Horário: 18h.
Realização: Escola de Música
Villa-Lobos | FUNARJ | Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do
Rio de Janeiro.
Apoio: Leia Brasil - Organização
Não Governamental De Promoção Da Leitura
Por: Clilton Paz.
Fonte: Cláudia Tisato.
